Rio Tinto quer ser Concelho

Rio Tinto quer ser Concelho

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pontapé de saída

In "Vivacidade", Abril de 2009
Começam a ser conhecidos os nomes dos principais candidatos às próximas eleições, que terão um primeiro “round” em Junho com a votação para o Parlamento Europeu. Sem querer beliscar a importância desta eleição, é óbvio que a população duma forma geral sente-as de uma forma distante, vendo-as como uma forma de distribuir vinte e dois magníficos “tachos” por apaniguados partidários que se digladiam por ser colocados nas listas em lugares elegíveis. Sendo uma primeira mão das que se lhe sucederão, legislativas e autárquicas, têm um interesse indesmentível de funcionar como grande e fiável sondagem, que poderá catapultar os partidos que mais subirem na votação para uma dinâmica favorável nas subsequentes.

Ao nível autárquico, que mais interessa aqui analisar, são já conhecidos a maior parte dos candidatos à Presidência da Câmara de Gondomar. Para além de Valentim Loureiro, que continuará a concorrer como independente, foram anunciados o candidato do PSD, Rui Quelhas, a candidata do PS, Isabel Santos e a candidata da CDU, Cristina Nogueira. Desde logo registamos como positivo o facto de dois destes, Rui Quelhas e Cristina Nogueira, serem residentes em Rio Tinto, tendo ambos sido eleitos pelos seus partidos em anteriores eleições para a Assembleia de Freguesia de Rio Tinto, onde exerceram mandato de deputados. Significa isto que se trata de dois cidadãos de Rio Tinto, que embora de quadrantes opostos, têm obrigação de conhecer bem os problemas da cidade. Conhecem perfeitamente a reivindicação partilhada pela maioria da população em tornar-se de novo sede de concelho, que é a principal questão que se vem colocando a nível político em Rio Tinto.

Nenhum candidato poderá esquecer que Rio Tinto, sendo a freguesia do concelho com mais eleitores (cerca de 40000, o dobro de S. Cosme que vem a seguir) é determinante para a eleição do Presidente de Câmara e Vereação.

Seria pois interessante que todos eles se pronunciassem sobre esta magna questão de forma inequívoca e sem tibiezas, para que os adeptos da causa da Restauração do Concelho de Rio Tinto possam conceder o seu voto aqueles que melhor garantias derem de dar seguimento a esta justíssima pretensão.

Não sendo previsível que Valentim Loureiro seja destronado, é no entanto admissível que venha a ter uma votação substancialmente inferior, com eventual perda da maioria absoluta, face aos muitos casos duvidosos que vieram a público neste mandato. Acresce que em Rio Tinto o mandato que agora termina se traduziu numa pobreza franciscana, sem investimentos significativos, bem ao contrário do que se verificou em S. Cosme, com várias obras de encher o olho (Biblioteca, Multiusos, etc.). Mas, para além da eleição do Presidente, que parece à partida decidida, decide-se também a eleição dos outros vereadores, sendo que, sobretudo neste aspecto, o destino dos 15% de votos expressos alcançados pelo RTC em Rio Tinto nas eleições de 2005 poderão tornar-se decisivos.


9 De Abril de 2009

José Zulmiro Barbosa

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